A falta de profissionais qualificados tem impedido a abertura de novos leitos de UTI em Pouso Alegre e região. A dificuldade foi levantada nesta terça-feira (2) tanto pelo diretor técnico do Hospital Samuel Libânio em Pouso Alegre, como pelo diretor do Hospital das Clínicas em Itajubá.

Ambos os hospitais estão com as UTIs lotadas de casos de Covid. No caso de Itajubá, a ocupação é de 163%. Em Pouso Alegre é de 96%.

“Não falta dinheiro para Pouso Alegre investir contra a Covid. Isso é o que menos nos preocupa. Nós temos dinheiro suficiente para fazer qualquer ação. Não é falta de cama, de respirador, de equipamento. O que nós vivemos não só em Pouso Alegre, mas em todo o Brasil, é falta de profissionais qualificados para atender em UTI”, disse o prefeito Rafael Simões.

O diretor técnico do Hospital Samuel Libânio, Alexandre Hueb, também salientou que o problema não é dinheiro: “A prefeitura nunca nos negou nenhum tipo de recurso”, salientou.

Segundo Hueb, não há mais profissionais especializados para UTI disponíveis: “Esse médico tem que ter especialidade em terapia intensiva. Hoje, só para os pacientes que estão na UTI, nós precisamos de 7 médicos especialistas em terapia intensiva por turno, 14 enfermeiros por turno, são mais de 40 auxiliares de enfermagem por turno. Mais os farmacêuticos, mais o fisioterapeuta, o psicólogo, o assistente social, e nos esgotamos a quantidade disso, não só no nosso município. Essas pessoas não se formam do dia pra noite”.

Confira a entrevista exclusiva do PousoAlegre•net com o prefeito Rafael Simões, a secretária de saúde Silvia Regina, e o diretor técnico do HCSL, Alexandre Hueb: