Foto: Redes Sociais

O homem que perfurou o torax de um vigilante no albergue de Pouso Alegre neste domingo (19) já estava nas ruas poucas horas após o crime. A Polícia Militar não considerou o fato como tentativa de homicídio.

Segundo a PM, os médicos relataram que as lesões foram superficiais e que não houve risco de morte. Os policiais, então, liberaram o agressor, após ele assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

O PousoAlegrenet teve acesso a imagens da vítima com um pedaço de cabo de vassoura atravessado pelo peito. As imagens são fortes e decidimos não exibi-las. O cabo de vassoura entrou por debaixo da axila do vigilante, e quase saiu pela garganta. Nas imagens é possível ver a ponta da madeira na garganta do vigilante.

Vigilante quer justiça e teme que usuário cometa mais crimes

O vigilante está revoltado. Ele conversou com o PousoAlegrenet: “Se fosse ao contrário, e eu tivessem metido 2 tiros no peito dele? Sim, eu estaria respondendo por tentativa de homicídio. É uma inversão de valores e falta de competências dos órgãos para poder nos ajudar. Como o autor do crime é liberado do hospital após o acorrido e nem para a delegacia foi encaminhado?”, questionou o vigilante.

Para piorar, ele ainda conta que outros usuários de drogas passaram a ameaçar os vigilantes: “O mesmo está solto na rua, e já teve um companheiro dele que foi na rodoviária ameaçar os vigilantes por conta de eu ter dado um tiro na perna dele, querendo comprar briga, o mesmo foi detido pelos vigilantes e acionaram a PM”, conta.

O agressor tem várias passagens pela polícia, como roubo, homicídio e outros: “O agressor tem várias passagens pela polícia, como homicídio, Maria da Penha, e outras. Usuário de drogas e morador de rua, sustentado pelo albergue há muito tempo. Sempre causando problemas por onde passa. Uma semana antes estava preso por agredir sua companheira, que também é moradora de rua e frequenta o albergue. Foi pego em flagrante pela PM. Só não ficou preso porque a mesma não deu queixa. Isso aconteceu em frente ao albergue praticamente no mesmo local do crime contra o vigilante (eu). Não se trata de uma pessoa comum. Se trata de um marginal. Que estando solto possa vim fazer mal a outras pessoas.

Procurada, a PM disse que agiu de acordo com a legislação, e que quem constatou as lesões leves foi o corpo médico hospitalar.

O crime

O crime aconteceu no domingo (19) durante a fila de entrada para o albergue. Aparentando estar sob efeito de álcool ou drogas, o morador de rua chegou causando tumulto no local, tentando entrar para agredir um outro morador.

O vigilante advertiu o homem, que pego um cabo de vassoura e perfurou o peito do vigilante. Machucado e tentando evitar um novo golpe, o vigilante deu um tiro na perna do morador de rua.

Polícia e Corpo de Bombeiros estiveram no local. Os dois foram encaminhados para o hospital. Poucas horas depois o homem já estava na rua. O vigilante também teve alta.