Pouso Alegre têm registrado nos últimos dias uma grande quantidade de casos da doença mão-boca-pé em crianças. Segundo os médicos, a doença é causada por vírus e é extremamente contagiosa. Outros casos da doença já estão sendo registrados ao redor do Brasil nas últimas semanas.
A Secretaria de Saúde de Pouso Alegre, Silvia Regina, confirmou ao PousoAlegre•net que estão havendo muitos casos, mas não precisou o número. Vários pais já confirmaram casos na cidade e estão repassando informações através de grupos online de pais e escolas.
Um pai cujo filho foi diagnosticado com a doença falou com o PousoAlegre•net: “Os filhos dos meus amigos também estão tudo em casa encostado com o mesmo problema. Quando fui na farmácia buscar o remédio para o meu filho estava cheio de pais comprando o mesmo remédio. O pediatra me disse que está um surto, que já atendeu mais de 200 crianças com esse caso”, relatou.
O aumento repentino de casos da doença não acontece só em Pouso Alegre. Na última semanas, diversas cidades como Brotas (SP) e Campo Alto (MG), tiveram creches e escolas fechadas para desinfecção. As informações sobre surtos da doença tem aumentado desde o final do ano passado com o fim do isolamento.
Segundo especialistas, a doença afeta principalmente crianças de até 5 anos. É comum atingir adultos de forma mais branda. A contaminação ocorre pela saliva e pelas fezes e é transmitida mesmo antes da criança apresentar sintomas.
Os principais sintomas são febre, dor de garganta e recusa alimentar. Erupções nas mãos, pés, bocas e mucosa oral caracterizam a doença. Podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreia. A criança diagnosticada com a doença deve ficar em casa por um período determinado pelo médico.
Os especialistas reforçam a importância de manter a hidratação da criança com líquidos e alimentos mais pastosos. É recomendado continuar o aleitamento materno para crianças nesse período.
De acordo com os médicos, a maioria dos casos são leves e os sintomas devem regredir entre 7 a 10 dias. Os médicos ainda alertam que a doença pode ser transmissível pelas fezes mesmo após a cura por até 4 semanas. Após 3 a 8 semanas, é comum que as crianças apresentem descamação da pele assim como queda das unhas.
Segundo especialistas, a vacina para a doença ainda não existe. A recomendação médica é de reforçar a higiene após as trocas de fraldas e incentivar o hábito de lavar as mãos em crianças maiores. Os médicos orientam evitar contato físico e caprichar na limpeza dos objetos e ambientes da casa para evitar a transmissão.