A energia elétrica ficará mais cara neste mês de junho em Minas Gerais. O reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e entra em vigor nesta quarta-feira (22).

Conforme a Aneel, a conta de luz ficará 5,22% mais cara para os consumidores residenciais. O reajuste para indústria e grandes comércios foi de 14,31%.

A previsão é de que o repasse dos custos pese no orçamento de clientes residenciais de 774 cidades mineiras.

O reajuste levou em consideração o Projeto de Lei (PL) 1.280/2022 aprovado no início de junho pelo Congresso Nacional. O PL disciplina a devolução de créditos tributários recolhidos a mais pelas distribuidoras. De acordo com a Aneel, o aumento tarifário para a Cemig foi 15,20% menor pois a distribuidora tem R$ 2,81 bilhões em créditos tributários.

Outros fatores que influenciaram o aumento tarifário foi a compatibilização dos financeiros referentes à Bandeira de Escassez Hídrica e o empréstimo da Conta escassez Hídrica.

A Cemig informou em nota que “do valor cobrado na tarifa, apenas 23,1% ficam na Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos”. Os impostos arrecadados na tarifa de energia, como taxa de iluminação pública, ICMS, PIS e Cofins são repassados integralmente para as prefeituras, Governo Estadual e Governo Federal.

Nos anos de 2020 e 2021 não houve ajustes tarifários pela Cemig. A razão foi a devolução de aproximadamente R$ 2,2 bilhões aos consumidores. A Cemig acrescentou que devolveu aos clientes cerca de R$ 5 bilhões nos reajustes tarifários nos últimos três anos.

A Aneel deve anunciar a bandeira para o mês de julho na sexta-feira (24).