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Não é só em Pouso Alegre que a concessionária de transporte público ameaça parar. O problema é nacional, e também afetou outras cidades da região.

Em Poços de Caldas, a prefeitura chegou a reajustar a passagem de ônibus a R$ 4,25 no final do ano. A população reclamou do aumento. No último sábado (22) eles baixaram para R$ 4. Mas para isso, deram um subsídio a empresa: R$ 350 mil por 6 meses.

Transporte coletivo recebeu subsídio em Poços (Foto: Prefeitura de Poços)

Em Varginha a tarifa é de R$ 4,20. Mesmo assim, a concessionária tem reclamado de prejuízos durante a pandemia. Para tentar equilibrar o contrato sem reajustar o valor, a prefeitura está tentando outra solução ao invés de subsídio: Isenção de imposto. Um projeto que isenta a concessionária de pagar o ISSQN foi enviado a Câmara, onde está tramitando.

Pouso Alegre tem a tarifa mais barata entre as grandes do Sul de Minas: R$ 3,90. São dois anos sem reajuste. Mas no ano passado, a prefeitura teve que conceder um subsídio a Planalto.

Aglomeração em ônibus em Pouso Alegre

Mesmo assim, houve superlotação e aglomeração nos ônibus em Pouso Alegre. O mesmo problema também foi registrado não só em outras cidades da região, como Varginha, mas em todo o país. As empresas tiveram que reduzir o número de linhas para tentar mitigar os impactos da crise.

Na quarta -feira (26), a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) publicou um estudo que revela o agravamento da crise no setor. Durante a pandemia, 25 operadores interromperam o serviço (algumas quebraram e fecharam as portas), e 76.757 trabalhadores foram demitidos.

“Esses dados confirmam o cenário de colapso que a NTU vem alertando há alguns meses ao poder público, em vão”, desabafa Otávio Cunha, presidente-executivo da NTU.